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COMO NASCE O AMOR?


Existem centenas de definições a respeito do assunto e vamos respeitá-las todas, visto que são oriundas de pessoas estudiosas, sejam na área de psicologia ou na área do relacionamento humano, terapias de casais e análise comportamental.

Mas uma coisa deve ser registrada.

A coisa começa no momento em que você conhece alguém.

Sua maneira de agir é diferente, o olhar é outro, a sensação de somente bater um papo não existe. Desde o início o bate-papo é diferente, seus pensamentos se alteram, a coisa muda mesmo. Você fica andando na rua e pensando na pessoa. Você ouve uma música mais melosa e já lembra da pessoa. Você sorri ao lembrar dela, pois ela te faz bem, mas você ainda não sabe disso, ou não admite.

Daí a um tempo, você sente falta da pessoa, procura, liga, manda torpedo, entra no messenger, compra flores, envia um bouquê, vai pelo caminho que ela percorre e fica feliz ao vê-la.

Começa o namorico, se dedica, participa, vai namorar com boa vontade, feliz, abraça e sente o abraço, beija e sente um comichão misturado com o prazer, agrada e recebe o mesmo agrado em troca.

Troca um cafuné, senta no chão, toma uma cerveja no mesmo copo a dois, assiste um filme romântico (que você não curtia muito) – e gosta, dá um beijo na ponta do nariz dela, mantém o relacionamento afetivo em primeiro plano e deixa o sexual para o desdobramento do primeiro.

A vida parece que começa a valer a pena, mesmo com crises de ciúme do trabalho dela e ela com crises de ciúme de suas amizades. Os amigos já notaram que você está diferente, ela está cada dia mais feliz, você está cada dia mais radiante.

Isto é um bom começo para quem vai amar e ser amado. Dizem psicólogos que relacionamento é uma via de mão dupla. Discordo um pouco, embora tenha lógica, mas quando você estiver amando, ame. Se doe, se dedique, participe, sofra, ria, chore, sorria, sonhe, ande nas nuvens, abrace, beije, curta, mime, faça tudo o que o amor permite. E se souber cozinhar um pouco, mande bala. Não tem mulher que não goste de um homem na cozinha. Se você não souber, não faz mal, pode ser um pacote de pipoca, mas que seja a dois.

O amor nasce de tudo isto. O amor brota de sua pele quando a outra parte corresponde, devolve, vive. E seu coração quase sai pela boca.

A cada dia, momentos ficam gravados em sua memória para construir a base que o amor precisa. Aquela viagem, o andar na praia, o almoço no restaurante por quilo, o jantar à beira-mar, a noite de amor e namoro no quarto do hotel, o café da manhã com a cara inchada de tanto dormir e com o ego feliz de tanto amar e ser amado.

E aí, enquanto você estiver apresentando estes sintomas, você estará amando e sendo amado. Retribua o amor. Não guarde para si. Não seja radical, não brigue, não grite, não levante a voz. Quem ama, conversa, administra, negocia.

Não é só a sua posição que vale. Negocie meio a meio, acate uma vez ou outra, ceda. Mire na frase: dois formam um. Aí, você vai ver que nasceu o amor dentro de você e que você está vivendo muito bem com ele. Feliz, acima de tudo, apesar das dores que às vezes aparecem.


Mas tudo isto, pode gravar na sua memória: é uma vez só. Só se tem um amor na vida e só se vive um grande amor uma vez só.

Se ele acabar, ou se vocês se separarem, a vida sempre lhe apresenta outra alternativa, uma outra pessoa.

Querida, bonita, educada, tudo em cima.

Mas no seu interior, faltará alguma coisa.

O filme sentado no chão, ou o pacote de pipoca a dois, o cafuné que não veio, o sorriso de vem da alma, alguma coisa fica no passado.

Mas assim é o ser humano.

Ele ama e é amado.

Mas um dia, termina.

E quando termina, ele recomeça em outro canto, de uma outra forma.

Mas nenhum filme é igual ao outro, nenhuma pipoca tem o mesmo sabor daquela e nenhuma mulher pode substituir a que mais lhe marcou.

Se substituir, não tinha sido amor que você tinha vivido, mas sim uma grande paixão.

Nasce o amor.

Ainda bem.

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