E assim segue a vida dos antenados

Um agradável bate papo, dia desses, envolveu assunto de grande interesse entre os participantes: a educação e o desenvolvimento dos filhos de hoje, principalmente aqueles que tem entre 11 e 16 anos.

Sem dúvida, um desafio para os pais desta turminha, que já vem teclando aplicativos e usando celulares com uma maestria sem igual. Nem pelos notebooks eles passaram. Aos poucos, os celulares passaram a fazer parte do vestuário de cada um, quando não eles usam no banho, para não perder nada.

Me disse um pai: “a experiência de vida não vem em aplicativos, mas isto eles não entendem...” certíssimo, o pai. Por mais que a gente fale, a gurizada sai entendendo de tudo.

Ou acha que entende de tudo.

A tal da experiência de vida, somente aos 30 anos eles irão entender o que significa.

Daí, vão lembrar dos pais quando estes diziam: “leva o casaco”, volte cedo que amanhã tem aula, não coma muita gordura, não beba demais, escova os dentes.....e assim por diante.

Frases ainda ditas em lares do país, mesmo em quantidade menor do que antigamente, somente tem por objetivo educar e orientar esta molecada que não larga o celular e nele encontra tudo o que procura.

Tem um monte de jovens que entendem de tudo um pouco, mas ao se aprofundar em qualquer assunto, a coisa começa a complicar.

A procura por enciclopédias acabou, a pesquisa foi para o espaço e o wikipedia passou a ser companheiro de respostas e indagações, resumidas e práticas.

A formação que tivemos nos bancos escolares de nosso tempo, é totalmente diferente da formação atual.

Difícil encontrar jovens que sentem e batam papo com os pais, deixando o celular desligado durante o almoço ou o jantar.

Sempre tem um whatss, sempre tem um recado, sempre tem uma novidade no face....e assim segue a vida dos antenados.

Conversar, trocar ideias, fazer perguntas, isto está em extinção.

Pra quê perguntar se no celular tem tudo? Reparem que temos pela frente uma nova forma de educação que está sendo projetada para ser implantada nas escolas.

Não sei ainda se será com base no modelo antigo ou se usará a tecnologia em benefício da educação contemporânea.

O que preocupa, é que as mentes brilhantes destes jovens de hoje, sejam recheadas com mais conteúdo, com mais direção para a cultura geral, com mais capacidade para pensar. Pensar e deduzir.

A criatividade permanecerá sempre à tona, mas a forma de se chegar a ela é que preocupa.

Então, depois de agradáveis momentos batendo papo, chegamos à conclusão de que nosso tempo já passou.

O que temos pela frente, é seguir os passos dos aplicativos e tentar sobreviver com isso.

Agora o desafio é nosso.

O deles, eles estão ganhando a cada semana.

Ao menos, nos aplicativos.

Vamos em frente.