Quanto vale sua vida?
Pra você e para os seus, a vida não tem preço.
Vale muito, mas muito mesmo. Para os outros, pode valer alguma coisa, você não sabe o quanto, mas um pouco vale.
Para os marginais, não vale nada. Basta um movimento seu de reação e acaba uma história.
Você leva um tiro ou uma facada em menos de um segundo. E pronto. Lá se foi sua vida em troca de um celular, de uma carteira, de um cartão de banco, de uns trocados no bolso.
A bandidagem corre solta pelos grandes centros e o combate ainda é ineficaz por parte das forças de segurança pública.
Existem mais marginais do que policiais. E não era assim. Consequência do lado social do país? Pode até ser, mas a ruindade e a marginalidade cresceram assustadoramente. Quando você menos espera, um garoto de
15 anos tem um fuzil no colo e sabe usar. O pior é isso: ele sabe usar.
E para ele dar um tiro, não precisa de muita provocação. Bastou olhar diferente para ele que lá vem bala.
Nossas vidas, a sua, a minha e da sua vizinha, não valem mais nada perante o quadro que aí está.
Cadeias lotadas, mortes em confronto, troca de presídios, mas nada funciona, infelizmente.
Ladrão e traficante manda como quer, o celular está na cela e sendo usado, diariamente.
Coordenam redes de bandidagem sem a menor cerimônia. Mas pergunto: como este celular foi parar dentro da cela?
E as revistas? E as blitzes? Se o traficante tem celular dentro da cela, alguém fez com que ele recebesse.
Se o ladrão arquiteta tudo lá de dentro, alguém fez com ele tivesse o celular para usar e mais alguns chips para ficar à vontade.
Celular não cai do céu dentro da cadeia. Ele vem por mãos corrompidas. Se bem que existem exceções.
Ainda bem. Poucas, mas existem.
De qualquer forma, a cada dia que passa torna-se mais perigoso andar por ruas que antes eram tranquilas e permitiam um caminhar lento e gostoso.
Como não temos coletes à prova de balas, estamos sujeitos a receber uma bala perdida ou endereçada.
Não saberemos de onde virá, mas devemos nos cuidar para que não venham.
Preocupa muito o número de mortes de pessoas por assalto, furto, brigas, balas perdidas e outras causas.
E pelo que temos visto diariamente, nossa vida vale cada dia menos.
A arte de viver está em risco devido à balas que vem e vão.
E não são balas doces, infelizmente.
Nos resta orar e pedir que Deus, mais uma vez, tome conta de nós.
Imagina como está a mesa do céu.....