Olho o dia a dia e cada vez mais me pergunto: cadê??

Cadê o ânimo da população brasileira para com sua seleção de futebol?
Será que é porque os jogadores ganham fortunas e “trabalham” jogando bola que o desinteresse aumentou?
Ou será pelo fato de jogarem longe da gente aumentou o desinteresse? Jogadores de antigamente eram “nossos” conhecidos.
O fulano era do interior do estado tal, o beltrano vimos jogar no juvenil de tal time, o baixinho era ponta esquerda que veio do interior do Rio Grande do Sul e assim por diante. Na verdade, jogadores da seleção de antigamente eram mais brasileiros. Cadê o amplo conhecimento de cada jogador e de seu time? Com exceções de Neymar e mais uns poucos, o restante a gente sabe que joga porque vê em TV e lê em sites alguma informação.
E quando vemos notícias sobre quanto ganham nossos selecionáveis, ficamos perguntando se jogam porque gostam ou pelo quanto ganham?
Jairzinho, Pelé, Félix, Brito, Zico, Kaká, Careca e outros, jogavam porque gostavam.
Alguns ganhavam muito bem, mas a prioridade era o futebol.
Outros não ganhavam tão bem e alguns, vivos até hoje, passam necessidades.
O pior exemplo é o atacante Adriano, que teve o mundo aos seus pés e voltou para a vida antiga.
Claro que a evolução do mundo atuou no futebol e a tal da globalização permitiu que grandes times ficassem milionários através da injeção de dinheiro europeu, que saiu por aí comprando times, junto com árabes e chineses.
Mas esta mesma evolução, afastou de nós os nossos ídolos. Temos poucos, entre tantos conhecidos.
Se tivéssemos mais convívio com os jogadores da seleção do Tite, teríamos um carinho e uma dedicação maior na hora da Copa. O que não quer dizer que não vamos torcer. Vamos, sim. E muito.
E se passarmos a primeira fase, o interesse aumenta e o sofrimento também.
Mas de fato, como tudo mudou, pergunto: cadê o futebol alegre, feliz, nosso?
Está em campos das cidades do interior, em treinos pequenos de times que não aparecem, em campeonatos de várzeas, em jogos de colégio.
O futebol de hoje, embora competitivo, é completamente diferente do que aprendemos.
Esta história de chegar na grande área do adversário e voltar a bola para a própria zaga, já deu.
Mas, como somos brasileiros, vamos lá. Domingo, roendo unhas e olho na TV.
De novo......